terça-feira, 18 de setembro de 2012

Começa um novo capítulo da minha vida

Muito bem, meus amigos. Depois de muito tempo, deixei a preguiça de lado e resolvi aceitar a sugestão de criar um blog.

Esse é um blog de música. Pelo menos a princípio. É um espaço que criei para postar os textos que escrevo sobre shows, cds, histórias de artistas, enfim....tudo que envolva boa música.

Opa! Boa música é um termo perigoso. O que quero dizer é que vou postar textos sobre o que eu julgo ser música de qualidade. Isso não quer dizer que quem venha a ler concorde comigo. Mas vamos ver. Estou ansioso para saber qual resultado esta empreitada terá.

E pra começar, vou relembrar um show que assisti há quase dois anos, mas que não sai da minha memória. Com vocês, Rage Against the Machine, live from SWU Festival 2010.




Testify - Live from SWU - 2010

Rage promoveu o caos em Itu e eu sobrevivi

Foram anos de espera. Mais precisamente 14 anos. Mas o grande dia havia chegado. O início foi no distante ano 1996 quando um amigo me apresentou um som que unia os estlios musicais que eu mais gosto: rock e rap. E que mistura! Vocal típico de um MC de hip hop a cargo de Zack de La Rocha sobre uma base rock extremamente competente formada pelo gênio Tom Morello na guitarra, além de Tim Commerford no baixo e Brad Wilk na bateria. Juntos os quatro formam a banda chamada Rage Against the Machine.

Mas o Rage não é só uma banda. As letras de cada canção são verdadeiros discursos que mostram claramente o posicionamento político de seus integrantes. Este conteúdo aliado ao peso da parte instrumental dá como resultado um verdadeiro coquetel molotov.

Por duas oportunidades o RATM esteve perto de se apresentar no Brasil. Em 97 as datas já estavam marcadas mas o show foi cancelado devido a uma torção de tornozelo sofrida por Zack de La Rocha durante  uma de suas performances frenéticas em cima do palco. Já em 2000, o guitarrista Tom Morello chegou a prometer numa entrevista para um canal de TV brasileiro que estariam por aqui em breve. Porém, alguns meses depois, a banda se separou repentinamente no auge do sucesso em função de desentendimentos até hoje inexplicados.

Nos primeiros oito anos de atividade o Rage lançou três álbuns. O primeiro, auto-intitulado, em 1992. O segundo,‘’Evil Empire’’, em 96, e o terceiro e último até agora, ‘’The Battle of Los Angeles’’, em 2000. Sou suspeito pra falar, mas todos esses trabalhos são excelentes. Muito difícil destacar o melhor de todos mas, para não ficar em cima do muro, talvez o primeiro leve uma pequena vantagem sobre os outros dois.

Em 2007, quase dez anos depois de deixar seus fãs espalhados pelo mundo na saudade, o grupo retomou suas atividades. Surgia novamente a esperança de ver o RATM ao vivo pela primeira vez. É por tudo isso que o dia nove de outubro tinha tudo para ser especial.

A oportunidade desta banda de Los Angeles finalmente se apresentar por aqui ocorreria no festival SWU, realizado na distante fazenda Maeda, na cidade de Itu. Após vários shows ocorridos durante a tarde e a noite, com destaque para Infectious Grooves, Mutantes (sim, eles mesmo), Los Hermanos (mais um show esporádico durante o hiato) e The Mars Volta, chegava a hora da atração principal da primeira noite do festival.

O frio congelante que judiava este que vos escreve (um simples moletom para uma temperatura de 11 graus ajudou muito pouco) desapareceu imediatamente após os primeiros acordes de ‘’Testify’’. Pronto. Começava o caos. A insanidade tomou conta de praticamente todas as 45 mil pessoas presentes. Vários mosh pits (aquelas rodas em que a galera parece que está brigando, mas na verdade está curtindo o som) surgiram pela pista afora. Inclusive um bem do meu lado.

Foi em função desse clima que após três músicas o show teve que ser interrompido. Motivo: a grade que separava a público do foço localizado logo a frente do palco estava prestes a ceder. Um integrante da produção do concerto e logo em seguida o próprio vocalista do Rage tiveram que pedir pra galera se afastar um pouco pra trás e cuidar uns dos outros para que ninguém se ferisse. É, minha gente. Foi esse o nível de intensidade do show.

Situação controlada, a apresentação seguiu bem com as execuções de ‘’Know Your Enemy’’ e de um de seus maiores sucessos ‘’Bulls On Parade’’. Mas na música seguinte, mais um percalço surgiu. Desta vez foi o sistema de som do local que não aguentou a ‘’pressão’’ e falhou enquanto a banda tocava ‘’Township Rebellion’’. Foram pouco mais de dez minutos de pausa até que o problema fosse solucionado. A galera chegou a se irritar, xingou um pouco. Mas, pra mim, essa pausa, mais do que me chatear, só serviu como um descanso para a sequência do concerto.
 
 

O setlist que privilegiou o primeiro álbum (sete músicas executadas) ainda deu espaço para sons mais recentes como ‘’Calm Like A Bomb’’, ‘’Guerrilla Radio’’ e ‘’Sleep Now In the Fire’’. A essa altura eu já havia atingido o nivel máximo de empolgação, que é quando minha cabeça parece que vai explodir de tanto berrar as letras de cada música. A primeira parte se encerrou logo em seguida com ‘’Wake Up’’.

Após a tradicional pausa para o bis, ainda sob os gritos de ‘’Rage! Rage! Rage!’’, soa pelos alto-falantes o hino socialista ‘’A Internacional’’ e então a banda volta ao palco para mandar uma perfomance arrebatadora de Freedom e e depois encerrarem com um dos maiores hinos da história do rock ‘’Killing In The Name’’.

Na saída, eu e mais três amigos (entre eles o que me apresentou o Rage em 96) tivemos que esperar quatro horas (!!!!) para pegar ônibus circular disponibilizado pela ‘’organização’’ do festival para nos levar até o bolsão de estacionamento dos carros. Mas não vale a pena entrar nesse detalhe. Nem mesmo esse absurdo foi capaz de me tirar a alegria de ter vivido mais um sábado inesquecível. Mais um show da minha lista dos que eu era obrigado a ver. Já consegui assistir Metallica e Pearl Jam. Como lamentavelmente não poderei ver Nirvana e Pantera, acho que agora não falta mais nada.
 
 


3 comentários:

  1. Fabio, como eu ja havia dito: DEMOROU Cara! Adorei a novidade! Sucesso sempre! bjao!
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  2. Esse conhece mto de musica, apesar de não compartilhar alguns gostos meus como Raça Negra, Terra Samba, Latino ... parabens Fabão, serei um fiel leitos, abraço

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  3. Eu concordo plenamente com a ultima frase... quem sabe o Dimebag nao reencarna em alguem pra vermos PAnterA? Muito bom o blog mano, ja estou na fita ai lendo tudo. Um abs e parabens!

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