quarta-feira, 28 de novembro de 2012

Gary Clark Jr.

Fala, galera! Depois de um breve tempo ausente, estou de volta para postar um texto sobre um brilhante cantor cujo trabalho tive o prazer de conhecer recentemente. Como é bom descobrir novos talentos da música. Estou empolgado com o som do cara e espero que eu consiga passar esta empolgação adiante. Com vocês, Gary Clark Jr.





Eis que surge uma novidade: Gary Clark Jr.

Se existe um hábito que eu não abandono é o de assistir a videoclipes.  Nos áureos tempos da MTV, foram vários os artistas que descobri através desta poderosa ferramenta de divulgação de um artista. Se a emissora praticamente aboliu os clipes de sua programação, pelo menos ainda tenho os canais fechados Multishow, Bis e VH1 para satisfazer essa minha necessidade interminável. Pois bem. Foi em uma dessas minhas “caças” por música de qualidade que, depois de muito tempo, eu acabei descobrindo um grande talento do blues: Gary Clark Jr.

Como já coloquei em um texto que escrevi alguns meses atrás, o blues começou a me atrair recentemente. Pouco a pouco vou me familiarizando mais com o gênero e descobrindo alguns de seus representantes. Até então só havia me ligado em feras do passado como Otis Redding e Sam Cook, mas foi vendo o videoclipe da música “Bright Lights” que passei a conhecer uma revelação do blues norte-americano.

Gary Clark Jr., nascido há 28 anos na cidade de Austin, no estado do Texas, é um cantor e guitarrista que faz um som híbrido de blues antigo, rock e R&B. Toda essa mistura torna sua música algo extremamente agradável de ouvir. É acessível como o pop (no bom sentido do termo), mas mantém presente a raiz do blues tradicional. Foi isso que automaticamente me atraiu no som do cara.

A partir do dia em que vi o clipe de “Bright Lights” comecei minha tradicional pesquisa sobre a carreira de Gary Clark. Descobri que, além de cantor, ele também teve uma breve experiência como ator ao participar do filme “Honeydripper” (sem título em português)  em que interpretou, como na vida real, um jovem cantor de blues.

De volta a parte musical, os primeiros registros em estúdio de Gary foram feitos através de uma gravadora independente que lançou os álbuns “110” e “Worry No More”, respectivamente em 2004 e 2008. Nesta época Gary era um artista totalmente underground e pouco conhecido pelo grande público.

Foi somente com o já citado single “Bright Lights”, lançado em 2010, ainda de forma independente, dentro de um EP que levava o mesmo nome, que o rapaz finalmente chamou a atenção de grandes gravadoras. A Warner Bros. foi mais esperta e assinou com o cantor. Em seguida, outras versões do EP “Bright Lights” foram lançadas. Uma delas foi adquirida por este que vos escreve. Desnecessário dizer que “chapei” nas músicas. Além da faixa-título, o rock sessentista “Don’t Owe You A Thing” e a performance acústica ao vivo de “When My Train Pulls In” são magníficas.



Mas aquele que pode ser considerado o álbum de estreia de Gary Clark Jr. foi lançado somente agora em outubro deste ano. “Blak and Blu” é composto metade por canções da fase independente do cantor e outra metade por canções inéditas escritas especialmente para este cd. A exemplo de seus trabalhos anteriores, as faixas seguem variando entre blues e rock e algumas ainda tem uma levada hip hop.

Infelizmente, “Blak and Blu” ainda não tem previsão de lançamento no Brasil. Seria bom que isso acontecesse logo porque no ano que vem, mais precisamente em março, Gary Clark desembarca por aqui para se apresentar no palco alternativo do segundo dia do festival Lollapalooza. Se você já comprou ingresso para este dia ou ainda pretende fazê-lo, seria mais do que adequado ouvir o trabalho desta grande revelação da música. Seria o estímulo ideal para acompanhar um show que tem tudo para ser um dos destaques do evento.

Pra encerrar, gostaria de deixar um alerta. Muita gente tem se referido a Gary Clark Jr. como o  “novo Jimi Hendrix”, “a salvação do blues”, etc. Esqueçam! Podemos até fazer comparações pelo fato de o cara provavelmente ter sido influenciado pelo eterno gênio da guitarra em suas músicas. Mas paremos por aí. Vamos aproveitar essa ótima novidade pelo que ela é de fato. Pode ser que agrade ou pode não ser nada de especial. Na minha humilde opinião, é bom o suficiente para me sentir satisfeito por ter encontrado mais um artista de alto nível e saber que, no meio desse mar de One Direction, Lady Gaga e afins, dá pra encontrar coisa boa. Basta procurar.





quinta-feira, 15 de novembro de 2012

The Strokes

De tempos em tempos eu paro pra ouvir o cd de estreia (ou qualquer outro da discografia deles) de uma banda que eu demorei um pouco, digamos, para aceitar. O The Strokes era tida como a banda que salvaria o rock no início do século vinte e um. Eu achava o som deles meio "sem sal". Não sei bem como explicar. O fato é que, com o passar do tempo, fui entendendo melhor qual era a do indie rock e tal. Hoje sou grande fã do estilo e o The Strokes é uma das minhas bandas favoritas. Essa semana, como disse anteriormente, estava ouvindo o excelente disco "Is This It" e me lembrei do texto que escrevi no fim do ano passado sobre a última passagem deste grupo de Nova Iorque pelo Brasil, no festival Planeta Terra. Resolvi então publicá-lo aqui no blog para tentar passar para vocês o quanto me diverti assistindo, mesmo que pela internet, essa ótima apresentação dos caras. Espero que gostem.



 
The Strokes encerra turnê no Brasil em grande estilo

Principal atração da quinta edição do festival Planeta Terra, realizado no dia cinco de novembro, no Playcenter, os nova iorquinos do The Strokes corresponderam totalmente à expectativa neles depositada e fizeram um excelente show.

Em sua segunda passagem pelo país (a primeira foi no extinto Tim Festival, em 2006), a banda americana trouxe na bagagem exatamente o que seus ardorosos fãs esperavam. Foram vários hits cantados em uníssono por uma plateia animadíssima que, ao final de cada música, gritava os nomes de Julian Casablancas (vocal), Nick Valensi (guitarra), Albert Hammond Jr. (guitarra), Nikolai Fraiture (baixo) e, principalmente, do brasileiro radicado nos Estados Unidos, Fabrizio Moretti.

Um show normal dos Strokes não costuma ser uma grande demonstração de interação entre banda e público. Aqui não foi muito diferente. Os caras subiram no palco dentro do horário definido pela programação do festival e, após um breve “boa noite” proferido em bom português por Julian, começaram a desfilar canções dos seus quatro álbuns já lançados. O vocalista ainda mandou alguns “muito, muito obrigado” na nossa língua, o que deixou a galera ainda mais empolgada.
 
 

Tecnicamente o grupo também não deixou nada a desejar. O típico rock de garagem feito desde o excelente álbum de estreia, “Is This It”, de 2001, é executado com perfeição por cada um dos músicos.  Em alguns momentos pensei estar ouvindo um cd dos caras e não os próprios tocando ao vivo. Muito bom mesmo!

Começando com “New York City Cops”, passando por “The Modern Age”, “Heart In a Cage”, “Under Cover of Darkness” e “Reptilia”, os Strokes tocaram por cerca de uma hora e vinte minutos. Um show não muito longo, mas extremamente intenso.

Pessoalmente, senti falta das canções “Whatever Happened”, do álbum “Room On Fire”, e “Taken For a Fool”, excelente faixa de “Angles”, lançamento mais recente da banda.

Na parte final do show, já no bis, o público ,que não se cansava de gritar o nome de seu representante brasileiro no indie rock, foi recompensado. Julian Casablancas levou o microfone até Fabrizio e disse: “Talk to your people, man!”. Muito sem graça, o baterista mandou um “e aí, São Paulo?”, para delírio da galera. Logo em seguida, mostrou que, na verdade, ele é um cidadão norte-americano e declarou: “I love you, guys”, para logo em seguida, um pouco mais envergonhado, traduzir, “eu te amo”.
 
 

Mas é isso aí. Esta apresentação que encerrou a turnê do álbum “Angles” revelou mais uma vez que o Strokes é uma banda com um jeito diferente de mostrar o quanto se importa com seus fãs. Mas que comprovou categoricamente porque um dia foi chamada de “a salvação do rock”. Certamente é um dos maiores nomes do gênero nos últimos anos.

Setlist: 

New York City Cops
Heart in a Cage
Machu Picchu
The Modern Age
You Only Live Once
Is This It
Under Cover of Darkness
Someday
You’re so Right
12:51
Reptilia
Alone, Together
Automatic Stop
Gratisfaction
Juicebox
Last Nite


Bis:

Under Control
Hard to Explain
Take It or Leave It



Clique aqui para ver o show completo do The Strokes no Planeta Terra

 

sábado, 10 de novembro de 2012

The Killers


The Killers volta pronto pra batalha
 
 

Foram quase três anos de hiato. Depois de emendar três ciclos de álbum novo e extensivas turnê mundo afora, o The Killers deu aquela parada estratégica para repensar a vida, embarcar em projetos pessoais e só depois retornar para a batalha do dia a dia de uma banda de sucesso internacional. E foi exatamente isso que Brandon Flowers e companhia fizeram. Durante o mês de setembro lançaram o quarto trabalho de estúdio da banda, intitulado “Battle Born”.

O direcionamento musical do novo álbum era um tanto quanto previsível. Depois de um elogiadíssimo disco de estreia, “Hot Fuss”, que contava com canções estilo rock de arena de ponta a ponta, veio um trabalho um pouco mais pesado, “Sam’s Town”, que careceu um pouco de regularidade, mas nos brindou com verdadeiros hinos do indie rock como “When You Were Young”.  A seguir veio “Day and Age”. Um pouco mais ousado ao flertar com outros estilos como a dance music e ritmos latinos, o cd recebeu críticas variadas mas, no geral, se saiu bem. Sendo assim, por conta de toda essa jornada, não seria surpresa se os caras resolvessem voltar à zona de sgurança e partissem para compor um trabalho mais voltado às suas origens.

A exemplo do que aconteceu com outra excelente banda indie, o Bloc Party, após a pausa, o The Killers realmente resolveu voltar ao básico. Vejam bem, não é uma mera cópia de ‘Hot Fuss” apenas para agradar a todos, garantir uma boa vendagem e elogios da mídia. Eles se basearam no ponto de onde partiram, mas acrescentaram algo mais para mostrar que ainda são uma banda relevante.
 
 

O estilo de rock influenciado por Bruce Springsteen e por que não dizer, Queen, está em praticamente todas as faixas de “Battle Born”. Os caras cresceram durante os anos 80 e são claramente influenciados pelo som feito neste período. Portanto, os teclados que nós vimos desde “Somebody Told Me” ainda estão presentes. A melodia calculadamente emocional nos vocais de Flowers também está por lá.

O cd começa com “Flesh And Bone”. A introdução calma vai dando lugar a um ritmo mais intenso até chegar em um belo refrão. A mesma fórmula foi utilizada no primeiro single do álbum, “Runaways”.  Quando ouvi pela primeira vez não dei muita bola. Mas hoje, quando escuto, não tem como não cantar junto um dos refrões mais certeiros de todo o repertório do grupo. Já é inclusive um ponto alto das apresentações mais recentes.

Na sequência, me chamou a atenção a faixa “A Matter of Time”. Um rock agitado que remete ao The Killers do início da carreira. Já a ótima balada (que não poderia faltar num álbum do Killers) “Here With Me” tem tudo pra ser um dos singles do disco. Mas quem pulou na frente e já foi lançada como segunda “música de trabalho” (como eu detesto esse termo) do novo álbum é “Miss Atomic Bomb”, que segue a linha mais tradicional de composição do The Killers.
 
 

Os únicos “escorregões” do disco são a monótona “Heart of a Girl” e a mezzo country “From Here on Out”. Outra bela balada, “Be Still”, e a excelente faixa-título, encerram o álbum am alto nível. Quem tiver a oportunidade de adquirir a edição deluxe vai encontar mais duas faixas inéditas, “Carry Me Home” e “Prize Fighter”, além de uma versão remix de “Flesh and Bone”.

Numa impressão geral, eu diria que “Battle Born” é um disco um pouco mais sério que seus antecesssores. Não falo com relação as letras, que continuam seguindo a temática ora positivista, ora romântica. Mas os arranjos são um pouco mais sisudos. Está longe de ser um trabalho melancólico. Como eu disse durante o texto, a essência do grupo está lá, mas eles arrumaram um jeito de diferenciá-lo do resto da discografia. E nisso diria que foram bem sucedidos.

Quem já é fã da banda, como no meu caso, vai gostar do álbum e certamente vai vibrar com as novas músicas que se encaixaram bem no setlist da turnê atual. E por falar em turnê, o caras virão ao Brasil pela terceira vez no ano que vem. Eles serão a atração principal do primeiro dia do festival Lollapalooza. Será uma ótima oportunidade de ver um ótimo show como os que eu pude ver em 2007 e 2009.
 
 

Pois bem, o The Killers está de fato de volta à batalha e pronto para vencer. Com um trabalho competente, que leva a marca registrada dos rapazes de Las Vegas, mais uma vez ficou comprovado porque eles são um dos maiores nomes do indie rock e, por que não dizer, de todo o rock dos anos 2000.
 

segunda-feira, 5 de novembro de 2012

TOP 5

Os cinco melhores álbuns de punk rock

Antes de ser um estilo musical específico, o punk é (ou era) um estilo de vida. Para alguns,  surgiu em Londres, para outros, em Nova Iorque. O fato é que os primeiros punks apareceram em meados dos anos 70, através da iniciativa de jovens da classe trabalhadora que estavam insatisfeitos com o modo de vida da época. Políticos corruptos, elite opressora e até a disco music, que reinava na época, fez com que esses jovens resolvessem contestar a condição em que viviam. Roupas rasgadas, brincos, cabelo moicano, etc. De todas as formas, o punk queria expor sua rebeldia.
A partir disso veio o punk rock, a vertente mais crua do rock’n roll. Inicialmente, a técnica musical era relegada a segundo plano. O que interessava realmente era atitude (dentro ou fora dos palcos) e as letras de protesto que ajudavam a expressar a insatisfação dos punks com relação ao resto da sociedade.
Foi difícil montar a lista final. Mas debatendo com alguns colegas sobre quem poderia ou não estar entre os cinco eleitos, finalmente cheguei a uma decisão justa, levando em consideração o voto de todos que contribuíram ao citar suas obras preferidas de punk rock. Se você não conhece o estilo, use a lista como dicas para se iniciar. Se você conhece e gosta então, hey, ho, let’s go!!






 1º Ramones – “Loco Live” – 1991
Quando se fala em punk rock, quase que instantaneamente vem à cabeça o nome dessa banda nova iorquina. Os Ramones são o grande símbolo e uma das primeiras bandas que surgiram do estilo. Apesar do primeiro disco dos caras ser considerado um clássico, nesta lista achamos mais justo colocar o álbum que retratava a essência dos Ramones: suas performances ao vivo. As canções eram executadas quase que no dobro da velocidade das versões de estúdio. Bastava o baixista Dee Dee Ramone (posteriormente, CJ) gritar “one, two, three, four” para que começasse o caos que é cada música dos caras. Por isso o álbum “Loco Live”, gravado num show em Barcelona, foi merecidamente escolhido para ser o primeiro colocado deste top 5. Faixas de destaque: “Blitzkrieg Bop”, “I Wanna Be Sedated” e “Pet Cemetary”.
Ah! Antes que eu me esqueça, a frase “hey, ho, let’s go”, que eu citei na introdução desta lista, era o grande bordão dos Ramones. Um verdadeiro grito de guerra da banda que encerrou suas atividades em 1996 e certamente deixou muita saudade.






2º Sex Pistols – “Nevermind the Bollocks, Here’s The Sex Pistols” – 1977
Por mais que tenha recebido uma “forcinha” extra do empresário Malcolm McLaren para emplacar, é inegável que a banda britânica Sex Pistols foi fundamental para mostrar ao mundo todos os ingredientes do que vinha a ser o punk rock. Atitude pra lá de debochada, letra ácidas à cargo do Johnny Rotten e ainda por cima a presença do baixista Sid Vicious, um maluco de carteirinha que se matou logo após assassinar sua então namorada. Musicalmente falando, os Pistols faziam o punk rock mais cru possível. Seu primeiro e único álbum de estúdio vai direto ao ponto. Canções como “Anarchy In The UK”, “God Save The Queen” e “Pretty Vacant” dão o recado exato da proposta da banda: meter a boca no mundo com muita rebeldia e ironia. Essa verdadeira bomba relógio explodiu rapidamente e o Sex Pistols acabaram durando apenas três anos (!!!). Eles até tentaram se reunir durante os anos 90 e 2000, mas não obtiveram o mesmo impacto do final dos anos 70.







3º The Clash – “London Calling” – 1979
Como já foi dito nesta lista, o punk rock é um estilo de música minimalista, de pouca técnica. Entretanto, o The Clash surgiu justamente para mudar este paradigma. A atitude contestadora dos seus integrantes e das letras de suas canções eram tipicamente punks, mas, musicalmente, este grupo formado em Londres inovou totalmente. Nos seus primeiros álbuns o punk rock predominava, mas já se via algo diferente com relação às outras bandas do gênero. Mas foi com “London Calling”, seu terceiro trabalho, que o Clash surpreendeu a todos com composições influenciadas por reggae, R&B e rockabilly. Nem por isso deixaram de ser punks. Aliás, pelo contrário. Com esta iniciativa eles mostraram que ser punk era justamente ir de encontro ao óbvio e fazer o que realmente sentiam. Pela sua originalidade, “London Calling” é considerado também um dos maiores discos da história do rock. Destaque para a ótima faixa-título, “Clampdown”, “The Guns of Brixton” e “Train In Vain”.







4º Dead Kennedys – “Fresh Fruit for Rotten Vegetables” – 1980
Representantes da segunda geração do punk rock norte-americano, o Dead Kennedys era uma das bandas com as letras mais agressivas do gênero. O vocalista e ativista político Jello Biafra não tinha nenhum medo de colocar o dedo na ferida dos problemas da sociedade americana da época. “Fresh Fruit...” é o disco de estreia desta banda de San Franciso e apresenta composições um pouco mais pesadas que as das bandas da geração que os antecedeu. A pegada do grupo acabou influenciando inúmeros representantes do estilo que surgiram durante os anos 80. O Dead Kennedys encerrou suas atividades em 1986 e se reuniu em 2001, sem Jello Biafra, que acabou se desentendendo com seus ex-companheiros. Algumas faixas de destaque de “Fresh Fruit...” são: “Kill The Poor”, “California Uber Alles” e “Holiday In Cambodia”.







5º Ratos de Porão – “Crucificados Pelo Sistema” – 1984
O Brasil não poderia ficar de fora deste top 5. A galera que me ajudou a montar a lista votou o suficiente para que o Ratos de Porão pudesse ser nosso representante. O álbum “Crucificados Pelo Sistema” foi o primeiro registro de estúdio da banda e já contava com a presença do vocalista João Gordo na formação, substituindo o atual guitarrista Jão que, até então, desempenhava a função de baterista. A estreia não poderia ter sido melhor. O Ratos, desde o início compunha músicas extremamente pesadas, o que lhe rendeu o rótulo de “crossover”. Ou seja, faziam um cruzamento de estilos. No caso, punk rock com heavy metal. O título do disco já diz bem do que se tratavam as letras escritas pelo então jovem João Gordo. Todas elas procuravam mostrar o quanto os punks brasileiros se sentiam “crucificados” pelo sistema no qual estavam inseridos. As principais faixas do álbum são “Agressão/Repressão”, “F.M.I.”, além, é claro, da excelente faixa-título.


Outras excelentes bandas que receberam boa votação ou pelo menos foram citadas são: Rancid, Bad Religion, Dead Boys, Anti-Flag, MC5, Green Day, Replicantes, The Misfits e a coletânea brasileira “Ataque Sonoro”.