quarta-feira, 18 de setembro de 2013

TOP 5

Top 5 – Os maiores produtores da história

Para gravar um álbum, o artista não pode simplesmente entrar em um estúdio, pedir para um cara apertar “rec” e começar a cantar ou tocar seus instrumentos. Existe todo um processo por trás do registro de uma canção e, consequentemente, de um disco completo.

Cada banda, cantor, etc, tem uma identidade musical. Ou pelo menos deveria buscar uma. É preciso que seu trabalho soe de maneira coesa, com um arranjo bem equilibrado e com cada parte em seu lugar. Acontece que nem sempre esse artista tem condições de tomar essas decisões. Principalmente se ele for um iniciante. É aí que entra o produtor musical.

Este profissional tem o dom (além de ter estudado pra isso, é claro) de moldar o som de uma banda. Fazer com que ela soe mais suave ou mais pesada, mais polida ou mais “suja”. Este é um trabalho que demanda muita sensibilidade e entrosamento entre produtor e produzido. 

Muitas vezes surge uma química entre essas partes que acabam produzindo obras maravilhosas. Em algumas oportunidades, acredite, mesmo que os dois lados não se entendam, é possível que saia um bom trabalho. No pior dos cenários, produtor e artista entram em choque total, tudo tem que ser jogado no lixo e o jeito é começar do zero com uma outra pessoa na mesa de gravação.

Este mês eu mergulhei neste ambiente e, mais uma vez pesquisando aqui e ali, encontrei os maiores produtores da história. Muitos deles eu já conhecia e imaginava que estariam entre os melhores. Vários  outros nomes apareceram em todas as listas observadas, mas creio que os eleitos não deixam dúvidas. Entre eles está o meu favorito, que inclusive me inspira a, quem sabe um dia, enveredar por este caminho. Veja então quem são, na opinião deste humilde blogueiro, os cinco maiores produtores musicais de todos os tempos.








1º George Martin
O grande vencedor deste top 5 é um caso típico de química ideal entre produtor e artista. O inglês George Martin simplesmente é o produtor por trás de todos os álbuns dos Beatles. Considerado o maior fenômeno musical da história, o grupo dos quatro rapazes de Liverpool teve como grande marca a espetacular evolução musical que apresentaram no decorrer de seus quase 10 anos de atividade. A cada disco lançado os Fab Four iam progredindo a olhos vistos. Não se conhece nenhuma banda que progrediu tanto tecnicamente e liricamente como os Beatles. E George Martin sempre esteve por trás, ás vezes compondo arranjos de cordas ou mesmo de melodias vocais.  Ano após ano a banda lançava uma obra prima, sempre com o toque mágico do produtor. O único percalço desta parceria foi o álbum “Let It Be”, composto em meio a uma crise interna que viria a decretar o fim do grupo e por isso teve que ser re-produzido por um outro integrante desta lista que vocês verão logo mais. Os destaques do seu porfolio eu diria que são “Sgt Pepper Lonely Heart’s Club Band”, “The White Album” e “Abbey Road”. Ah...como se tudo isso não fosse o suficiente, Martin ainda produziu artistas como Jeff Beck, Cheap Trick e alguns discos do The Wings, banda de Paul McCartney pós Beatles.









2º Rick Rubin
Na introdução desta lista eu falei que meu produtor musical favorito havia conseguido um lugar entre os cinco eleitos. Bem. Aqui está ele: Rick Rubin. Este americano de 49 anos começou a se envolver com música no iníco dos anos 80 tocando em bandas de punk rock.  Apesar de ser amante de música e ter vasto conhecimento no assunto, seu talento como músico era limitado. Por isso acabou se tornando DJ. Assim como o rock, o hip hop também era sua paixão e por isso montou uma gravadora, a Def Jam  Records, para trabalhar com grupos de rap e, consequentemente, produzi-los. Foi assim que Rick iniciou uma carreira espetacular como produtor. O mais incrível foi como ele passeou entre os mais variados estilos, sempre com a mesma competência. Dentro do rock trabalhou com nomes como AC-DC, Red Hot Chili Peppers e Metallica. Já no hip hop, foi notabilizado por trabalhos espetaculares com os Beastie Boys, Run-DMC e Jay-Z. Mas fora desses gêneros, Rick Rubin contribuiu com o retorno triunfante do mestre do country Johnny Cash, nos anos 2000. Também nesta época, produziu as garotas country do Dixie Chicks e, mais recentemente, trabalhou com uma “tal de Adele”, que nem fez muito sucesso com seu álbum “21”. É incrível! Praticamente tudo que o cara põe a mão faz sucesso. Com seu jeitão zen, trabalhando muito mais a parte emocional do que técnica dos aritstas, Rick é, sem dúvida, um dos maiores produtores do mundo.











3º Quincy Jones
Produtor, maestro, arranjador, compositor de trilhas sonoras, produtor de televisão e trompetista. Querem mais? Ok. Ele produziu o álbum mais vendido de todos os tempos: “Thriller”, de Michael Jackson. Esse é Quincy Delight Jones Jr., natural de Chicago, nos Estados Unidos. Um gênio da música contemporânea que acompanhou grande parte da carreira de um dos maiores artistas de todos os tempos. Antes de “Thriller”, Quincy Jones já havia produzido o álbum anterior de Michael, a obra-prima soul/disco/funk “Off The Wall”, lançado em 1979, e ainda produziria o sucessor do álbum multi-platinado,  o também excelente “Bad”, de 1987. Além da extremamente bem sucedida parceria com o rei do pop, Jones trabalhou com artistas do quilate de Aretha Franklin, Frank Sinatra e Donna Summer. E como se tudo isso ainda não fosse suficiente, Jones foi o produtor/arranjador do clássico “We Are The World”, uma música composta para o álbum “USA For Africa”, de 1984, criado para arrecadar fundos para a população da Etiópia. A canção foi gravada por uma verdadeira constelação de artistas como Michael Jackson, Lionel Ritchie (compositores da canção), Stevie Wonder, Ray Charles, Bruce Springsteen, Bob Dylan e muitos outros. Deem uma olhada no clipe dessa música e vocês verão a “fera” regendo os cantores. Uma lenda e fim de papo.










4º Phil Spector
Esse é, sem dúvida, o mais polêmico dos cinco produtores eleitos neste top 5. Um dos pioneiros do som das “girl-groups” dos anos 60, este novaiorquino do Bronx foi responsável pela produção de vários hits durante os anos 60. Um dos seus grandes méritos foi ter criado o “Wall of Sound” ou “Parede de Som”, uma técnica de produção usada até hoje por muitos profissionais do ramo que consiste em gravar vários instrumentos em uníssono, como guitarras ou um naipe de metais, ajudando assim a encorpar mais o arranjo de uma canção. Mas, provavelmente, seu trabalho mais relevante tenha sido a re-produção do álbum “Let It Be” dos Beatles (aquele que eu citei no trecho sobre George Martin). O som do álbum ficou fantástico! Puro, orgânico. Experimente ouvir todo o disco com fones de ouvido e talvez você tenha a impressão de estar ouvindo uma apresentação ao vivo. Nos anos 70 Spector seguiu trabalhando com grandes artistas como John Lennon e George Harrison em seus trabalhos solo. Durante os anos 80 e 90 caiu no ostracismo e praticamente se afastou da música. Só apareceu com destaque produzindo em 1980 o álbum “End Of The Century” dos Ramones. O pior viria muitos anos depois, exatamente no dia 3 de fevereiro de 2003, quando Phil Spector assassinou a atriz Lana Clarkson em sua mansão em Long Beach. O produtor acabou sendo condenado e preso em 2009 e passou a cumprir desde então uma pena de dezenove anos.











5º Dr. Dre
Chegamos ao final deste top 5 com um representante mais do que digno da música atual. O californiano Andre Young se destacou pela primeira vez na música quando era um dos membros do N.W.A., grupo pioneiro de “gangsta rap” que fez grande sucesso entre o final dos anos 80 e início dos 90. Após o fim do N.W.A., Dr. Dre saiu em carreira solo e se tornou ainda mais bem sucedido. Ao lado de seus eternos parceiros, Snoop Dogg e o saudoso Tupac Shakur, ele era um dos pilares que formavam o que poderíamos chamar de “santíssima trindade” do rap americano e mundial durante boa parte dos anos 90. Paralelamente a sua carreira como performer, Dre começou a desenvolver suas habilidades como produtor musical. Aos poucos ele foi deixando de lado o desejo de estar o tempo todo em cima do palco e passou a se dedicar a composição de batidas incríveis a serem utilizadas pelos novos talentos que ele mesmo identificava no rap norte-americano. Artistas multi-platinados como Eminem e 50 Cent foram descobertos por Dre e tiveram vários de seus álbuns produzidos por ele. No meio do rap e do R&B e até da música pop, Andre é tido como um gênio. Além dos já citados, o cara trabalhou com artistas gabaritados como Jay-Z, Nas, Alicia Keys e Gwen Stefani . Apesar do enorme sucesso como produtor, ele ainda faz alguns shows e deve lançar em breve, o longamente aguardado álbum intitulado “Detox”. É esperar pra ver o que vem por aí.



Alguns nomes de produtores citados várias vezes nas listas pesquisadas ficaram de fora da lista final, mas merecem uma menção honrosa.  Da “velha-guarda” temos: Sam Philips (Elvis Presley), Brian Eno (U2), Lee “Scratch” Perry (Bob Marley), George Clinton (Funkadelic), Mutt Lange (AC/DC), Bob Ezrin (Kiss) e Prince. Entre os “novatos” temos:  Butch Vig (Nirvana ), Trent Reznor (Nine Inch Nails), Timbaland (Lil Wayne),  Mark Ronson (Amy Winehouse), Kanye West (Jay-Z), Babyface (Madonna), The Neptunes (Alicia Keys), Danger Mouse (The Black Keys) e Nigel Godrich (Radiohead), só para citar alguns.

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