Os melhores baixistas da história
O baixo, ou contra-baixo, é aquele instrumento que quem não é muito
ligado em música nem percebe sua presença um uma canção. Muitos acham inclusive
que ele nada mais é do que mais uma guitarra. Ledo engano.
Este instrumento de cordas grossas e braço mais longo que o das
guitarras desempenha um papel fundamental em uma composição musical. Ao lado da
bateria, o baixo forma o que os músicos chamam de “cozinha” de uma banda. São
esses dois instrumentos que dão a base em uma canção para que as guitarras e
vocais possam brilhar.
Acontece que nem sempre o baixo desempenha apenas esta função
burocrática. Isso porque alguns baixistas resolveram dar um passo além.
Deixaram de ser apenas coadjuvantes para se tornarem grandes músicos, peças
fundamentais para seus grupos ou mesmo grandes artistas solo. Verdadeiras
lendas.
Alguns dizem que o baixo é o instrumento musical mais sensual que
existe. Em gêneros musicais como a soul music, o jazz ou o reggae, ele vira
protagonista e suas linhas acabam tendo realmente um poder quase hipnótico
sobre o ouvinte.
Portanto, eu tenho o prazer de anunciar os maiores baixistas da
história, segundo as pesquisas e a opinião deste humilde blogueiro. Confira!
1º Cliff Burton – Metallica
Clifford Lee Burton era um sujeito especial. Quando conheci o Metallica
ela já havia falecido há quase dez anos em um terrível acidente com o ônibus de
turnê da banda. Mas ouvindo os álbuns em que ele gravou músicas sensacionais
pude ter noção do quão fantástico era Cliff Burton. Sua técnica era
impressionante. O cara dominava o instrumento de forma assustadora e ainda por
cima possuía uma postura de palco arrebatadora. A cada apresentação que fazia
ele visivelmente se entregava de corpo e alma. Seu desaparecimento com apenas
26 anos de idade foi um tremendo baque para o Metallica. Tanto que, por esse
motivo trágico, a história da banda se divide em “antes de Cliff” e “depois de
Cliff”. Mesmo que você não seja fã de rock sugiro que veja o documentário
tributo ao baixista, “Cliff’Em All”, ou pelo menos ouça as faixas “For Whom The
Bell Tolls”, “Orion” e a espetacular “Pulling Teeth (Anesthesia)”. Uma
verdadeira aula. Cliff é um mito e fim de papo.
2º Steve Harris – Iron Maiden
Quando disse na introdução desta lista que alguns baixistas resolvem dar
um passo além e serem os protagonistas, não existe exemplo melhor do que
Stephen Percy Harris, ou apenas Steve Harris. Este inglês da cidade de
Leytonstone colocou na cabeça, ainda adolescente, que queria montar uma banda
de rock e ser famoso mundialmente. E conseguiu. Empunhando seu baixo com
maestria, Harris criou o Iron Maiden em meados dos anos 70 e vem liderando essa
que é umas das maiores bandas de metal de todos os tempos até hoje.
Tecnicamente, Steve é praticamente perfeito. Sua competência fez dele o
principal compositor e letrista do grupo. Todas as músicas do Maiden giram em
torno de seu poderoso baixo. Provavelmente essa marca registrada é que faz com
que esta banda tenha tantos seguidores nos quatro cantos do mundo por mais de
30 anos. Alguns dos clássicos compostos por Steve Harris são: “The Trooper”,
“Run to the Hills” e “Fear of the Dark”. Ouça e comprove.
3º Jaco Pastorius – artista solo e Weather Report
Ao contrário do que alguém possa pensar, o baixo é um instrumento que
permite muitas improvisações e solos extremamente intrincados assim como uma
guitarra elétrica. O maior exemplo disso é o norte-americano Jaco Pastorius. O
cara é tipo o Jimi Hendrix do baixo, tamanha a sua habilidade com o
instrumento. Especialista em jazz, Jaco se notabilizou através do projeto
Weather Report e de seus álbuns solo. Intercalou lançamentos das duas frentes
até seu último trabalho, lançado em 1983 e entitulado “Invitation”. Devido ao
seu talento incontestável, Jaco era constantemente convidado para participar de
gravações de grandes mestres do jazz como Herbie Hancock e Joni Mitchel. Sua
vida foi precocemente ceifada numa briga de bar no estado da Flórida. Ele não
resistiu aos ferimentos causados por um segurança e veio a falecer com apenas
35 anos de idade. Vinte e cinco anos depois de sua morte, Jaco Pastorius ainda
é uma influência muito forte para inúmeros baixistas mundo afora. Algumas de
suas grandes composições são: “Crisis”, “Liberty City” e “River People”.
4º Flea – Red Hot Chili Peppers
O apelido deste baixista não poderia ser mais apropriado. Michael
Balzary é mundialmente conhecido como o Flea (pulga em inglês) do Red Hot Chili
Peppers. Quem já viu o cara em cima do palco percebeu que ele não para quieto
um minuto sequer. Saltos, cambalhotas, danças esquisitas durante algumas
músicas, etc. Tudo é possível quando se trata de Flea. Mas vocês podem estar
perguntando: e quanto ao baixo? Eu respondo. O homem é um monstro. Em uma banda
de apenas uma guitarra como os Chili Peppers, o baixo se destaca muito e, no
caso de Flea, com uma competência ímpar. Muito criativo e preciso, ele já
compôs linhas que ficaram marcadas na história do rock como nas faixas “Give It
Away”, “Californication” e “Suck My Kiss”. Ah! Vocês se lembram que eu disse
que o baixo é um dos instrumentos mais sensuais que existe? Pois bem. Flea
deixa isso muito claro na faixa “Soul To Squeeze”. Ouça e depois me diga se não
tenho razão.
5º John Entwistle – The Who
John Alec Entwistle, natural de Londres, iniciou sua carreira tocando em
algumas bandas de jazz. Foi com essa base que ele adquiriu suas principais
características como músico: técnica e elegância. Quando o The Who se formou,
em meados dos anos 60, Thunderfingers, como John também era conhecido, formou
uma química impressionante com Pete Townshend (guitarra) e Keith Moon
(baterista). Seu estilo mais erudito de tocar dava um toque de classe ao som
mais despojado feito por seus companheiros de banda. John era capaz de tirar
sons incríveis de seu baixo utilizando técnicas que posteriormente foram
perpetuadas através de seus sucessores no mundo do rock. Era de fato um craque
das “4 cordas”. Passados os exageros nos 60 e 70, imaginava-se que John
Entwistle envelheceria tranquilamente e ainda fazendo um som com seus
companheiros remanescentes do The Who. Infelizmente não foi bem assim. Em 2002,
aos 57 anos, o baixista foi encontrado morto em um quarto de hotel em Las
Vegas, na manhã de 27 de junho. Ele havia sido vítima de um ataque cardíaco em
decorrência do uso de cocaína. Ficou o legado de um excelente músico e membro
crucial de um grupo que nos deixou pérolas como “My Generation”, “Baba O’Riley”
e “The Kids Are Alright”.
Eu adoro o Flea!!! E adoro "Soul to Squeeze"!
ResponderExcluirBjo Querido, otimo post!