terça-feira, 5 de março de 2013

TOP 5

Os melhores baixistas da história

O baixo, ou contra-baixo, é aquele instrumento que quem não é muito ligado em música nem percebe sua presença um uma canção. Muitos acham inclusive que ele nada mais é do que mais uma guitarra. Ledo engano.

Este instrumento de cordas grossas e braço mais longo que o das guitarras desempenha um papel fundamental em uma composição musical. Ao lado da bateria, o baixo forma o que os músicos chamam de “cozinha” de uma banda. São esses dois instrumentos que dão a base em uma canção para que as guitarras e vocais possam brilhar.


Acontece que nem sempre o baixo desempenha apenas esta função burocrática. Isso porque alguns baixistas resolveram dar um passo além. Deixaram de ser apenas coadjuvantes para se tornarem grandes músicos, peças fundamentais para seus grupos ou mesmo grandes artistas solo. Verdadeiras lendas.

Alguns dizem que o baixo é o instrumento musical mais sensual que existe. Em gêneros musicais como a soul music, o jazz ou o reggae, ele vira protagonista e suas linhas acabam tendo realmente um poder quase hipnótico sobre o ouvinte.

Portanto, eu tenho o prazer de anunciar os maiores baixistas da história, segundo as pesquisas e a opinião deste humilde blogueiro. Confira!






1º Cliff Burton – Metallica
Clifford Lee Burton era um sujeito especial. Quando conheci o Metallica ela já havia falecido há quase dez anos em um terrível acidente com o ônibus de turnê da banda. Mas ouvindo os álbuns em que ele gravou músicas sensacionais pude ter noção do quão fantástico era Cliff Burton. Sua técnica era impressionante. O cara dominava o instrumento de forma assustadora e ainda por cima possuía uma postura de palco arrebatadora. A cada apresentação que fazia ele visivelmente se entregava de corpo e alma. Seu desaparecimento com apenas 26 anos de idade foi um tremendo baque para o Metallica. Tanto que, por esse motivo trágico, a história da banda se divide em “antes de Cliff” e “depois de Cliff”. Mesmo que você não seja fã de rock sugiro que veja o documentário tributo ao baixista, “Cliff’Em All”, ou pelo menos ouça as faixas “For Whom The Bell Tolls”, “Orion” e a espetacular “Pulling Teeth (Anesthesia)”. Uma verdadeira aula. Cliff é um mito e fim de papo.








2º Steve Harris – Iron Maiden
Quando disse na introdução desta lista que alguns baixistas resolvem dar um passo além e serem os protagonistas, não existe exemplo melhor do que Stephen Percy Harris, ou apenas Steve Harris. Este inglês da cidade de Leytonstone colocou na cabeça, ainda adolescente, que queria montar uma banda de rock e ser famoso mundialmente. E conseguiu. Empunhando seu baixo com maestria, Harris criou o Iron Maiden em meados dos anos 70 e vem liderando essa que é umas das maiores bandas de metal de todos os tempos até hoje. Tecnicamente, Steve é praticamente perfeito. Sua competência fez dele o principal compositor e letrista do grupo. Todas as músicas do Maiden giram em torno de seu poderoso baixo. Provavelmente essa marca registrada é que faz com que esta banda tenha tantos seguidores nos quatro cantos do mundo por mais de 30 anos. Alguns dos clássicos compostos por Steve Harris são: “The Trooper”, “Run to the Hills” e “Fear of the Dark”. Ouça e comprove.








3º Jaco Pastorius – artista solo e Weather Report
Ao contrário do que alguém possa pensar, o baixo é um instrumento que permite muitas improvisações e solos extremamente intrincados assim como uma guitarra elétrica. O maior exemplo disso é o norte-americano Jaco Pastorius. O cara é tipo o Jimi Hendrix do baixo, tamanha a sua habilidade com o instrumento. Especialista em jazz, Jaco se notabilizou através do projeto Weather Report e de seus álbuns solo. Intercalou lançamentos das duas frentes até seu último trabalho, lançado em 1983 e entitulado “Invitation”. Devido ao seu talento incontestável, Jaco era constantemente convidado para participar de gravações de grandes mestres do jazz como Herbie Hancock e Joni Mitchel. Sua vida foi precocemente ceifada numa briga de bar no estado da Flórida. Ele não resistiu aos ferimentos causados por um segurança e veio a falecer com apenas 35 anos de idade. Vinte e cinco anos depois de sua morte, Jaco Pastorius ainda é uma influência muito forte para inúmeros baixistas mundo afora. Algumas de suas grandes composições são: “Crisis”, “Liberty City” e “River People”.









4º Flea – Red Hot Chili Peppers
O apelido deste baixista não poderia ser mais apropriado. Michael Balzary é mundialmente conhecido como o Flea (pulga em inglês) do Red Hot Chili Peppers. Quem já viu o cara em cima do palco percebeu que ele não para quieto um minuto sequer. Saltos, cambalhotas, danças esquisitas durante algumas músicas, etc. Tudo é possível quando se trata de Flea. Mas vocês podem estar perguntando: e quanto ao baixo? Eu respondo. O homem é um monstro. Em uma banda de apenas uma guitarra como os Chili Peppers, o baixo se destaca muito e, no caso de Flea, com uma competência ímpar. Muito criativo e preciso, ele já compôs linhas que ficaram marcadas na história do rock como nas faixas “Give It Away”, “Californication” e “Suck My Kiss”. Ah! Vocês se lembram que eu disse que o baixo é um dos instrumentos mais sensuais que existe? Pois bem. Flea deixa isso muito claro na faixa “Soul To Squeeze”. Ouça e depois me diga se não tenho razão.









5º John Entwistle – The Who
John Alec Entwistle, natural de Londres, iniciou sua carreira tocando em algumas bandas de jazz. Foi com essa base que ele adquiriu suas principais características como músico: técnica e elegância. Quando o The Who se formou, em meados dos anos 60, Thunderfingers, como John também era conhecido, formou uma química impressionante com Pete Townshend (guitarra) e Keith Moon (baterista). Seu estilo mais erudito de tocar dava um toque de classe ao som mais despojado feito por seus companheiros de banda. John era capaz de tirar sons incríveis de seu baixo utilizando técnicas que posteriormente foram perpetuadas através de seus sucessores no mundo do rock. Era de fato um craque das “4 cordas”. Passados os exageros nos 60 e 70, imaginava-se que John Entwistle envelheceria tranquilamente e ainda fazendo um som com seus companheiros remanescentes do The Who. Infelizmente não foi bem assim. Em 2002, aos 57 anos, o baixista foi encontrado morto em um quarto de hotel em Las Vegas, na manhã de 27 de junho. Ele havia sido vítima de um ataque cardíaco em decorrência do uso de cocaína. Ficou o legado de um excelente músico e membro crucial de um grupo que nos deixou pérolas como “My Generation”, “Baba O’Riley” e “The Kids Are Alright”.

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