quinta-feira, 3 de janeiro de 2013

FELIZ ANO NOVO!!!


Olá, caros leitores!! Este é o primeiro post de 2013. Passada a festança, comilança, etc, resolvi começar o ano com algo pesado. Um dia desses estava ouvindo System Of A Down aqui em casa e aí não teve jeito. Me lembrei do show que fui em 2011, na Chácara do Jockey, em São Paulo. Aquilo ali sim levantou poeira. Não aquela música terrível de uma cantora que me recuso a escrever o nome aqui nesse blog.
Na época do show escrevi uma resenha a respeito. Para publicar aqui no blog, eu dei uma ajeitada aqui e ali e incluí alguns vídeos feitos bem do meio da pista para que vocês possam ter uma noção do que foi essa apresentação inesquecível. Facilmente, um dos melhores shows que eu fui em toda minha vida. Fuck the system!!!



System of a Down: metal + poeira = show ideal



Depois de dez anos de espera, finalmente, no dia 1 de outubro de 2011, a banda System Of A Down fez seu primeiro show para seus fãs brasileiros. Os grandes privilegiados foram os paulistas que, na Chácara do Jockey, um dia antes da apresentação no Rock In Rio, testemunharam um grande show. Foi uma apresentação que justificou intermináveis horas de espera na fila de entrada do local do evento, debaixo de um sol impiedoso.

Quando os portões abriram, pouco antes das 17 horas, a fila gigante acabou andando rapidamente e, uma vez dentro do recinto, tudo correu de forma tranquila. A galera esperou pacientemente até que, pontualmente, às 20 horas, começou o show de abertura que ficou a cargo da banda brasileira de rock instrumental Macaco Bong. O show deste “Power trio” mato-grossense foi curto (cerca de meia hora), mas conseguiu prender a atenção do público. Principalmente se levarmos em consideração que o som dos caras é bem diferente do convencional justamente pela falta de letras, o que faz com que os arranjos de cada música sejam mais trabalhados e acabem ficando em evidência.

Cerca de meia hora depois do show do Macaco Bong, uma cortina branca com um enorme logo do System of A Down foi esticada de cima a baixo, na beirada do palco. Isso já foi o suficiente para levar os fãs à loucura. Nem mesmo a garoa que começou a cair instantes antes da banda entrar no palco segurou a empolgação de todos aqueles que esperaram tanto por esse momento. Mais alguns minutos e vieram os primeiros acordes de “Prison Song”. Histeria completa! Foi então que o tecido caiu e aí sim começou o pandemônio. Quase fui tragado pela multidão que se acotovelava para chegar o mais próximo possível do palco. Devo confessar que fazia tempo que não passava tamanho sufoco num show.



Como esperado, o show foi muito intenso. Foi uma pancada atrás da outra, praticamente sem pausa, sem frescuras e ainda com direito a peculiar dancinha do vocalista Serj Tankian. O guitarrista Daron Malakian mostrou que o hiato de quase cinco anos da banda não fez mal nenhum. O cara continua tocando e cantando demais e era quem mais incitava o público a fazer coro em praticamente todas as músicas. Talvez nem fosse preciso. A galera nitidamente sabia de cor todo o repertório deste grupo cujos integrantes (além de Serj e Daron, Shavo Odadjian, no baixo e John Dolmayan, na bateria) são todos descendentes da Armênia, antiga república soviética.

Diferente do que ocorreria no dia seguinte, no Rock In Rio, o show deste dia era exclusivo do SOAD. Isso certamente contribuiu sensivelmente para o clima que predominava no Jockey. O público literalmente fez levantar poeira na pista. E que poeira! Além da falta de chuva (que ficou naquela ameaça do começo), os inúmeros moshes que se abriam durante as músicas mais pesadas (quase todas, na verdade) fizeram com que a terra subisse e quase tomasse conta do ambiente. Mas isso estava longe de ser um problema. Todo mundo continuou gritando, cantando e pulando ininterruptamente.


Outro ponto de destaque da noite foram os breves discursos proferidos por Serj. Para quem não é familiarizado, o SOAD é uma banda engajada politicamente, na mesma linha do Rage Against The Machine, e sempre procura, através de suas letras, conscientizar as pessoas sobre problemas envolvendo guerras, governantes incompetentes, preconceito e meio-ambiente. Desta forma, o metal politizado do System consegue chamar atenção não só daqueles que apreciam um som cheio de energia, mas também daqueles que têm o mínimo de consciência sobre o mundo perturbado em que vivemos hoje.


Voltando a parte musical, os caras tocaram todas as músicas mais conhecidas da discografia da banda. Privilegiaram o segundo e mais bem sucedido álbum “Toxicity” (10 faixas do cd foram executadas). “Chop Suey!”, “Needles”,“Psycho”, “Aerials”, enfim, as pérolas. Mas os outros álbuns também foram muito bem representados com canções do calibre de “B.Y.O.B.”, “Cigaro”,“Suggestions”, “Mind”, “Hypnotize”, entre tantas outras que venho escutando desde 2001, quando comecei a acompanhar o System de perto.

Para quem é fã da banda, o show foi perfeito! É claro que algumas músicas sempre vão ficar de fora, mesmo com um setlist de 29 músicas. A maior prova disso foi a sequência final, composta por “War”, “Toxicity”e “Sugar”, que me levou aquela sensação de perda de voz e cabeça prestes a explodir. Quando isso acontece é porque o show foi realmente bom. Não teve nem bis. Mas depois de tudo isso, meus caros, nem precisou.



Setlist:

1. Prison Song
2. Soldier Side (intro)
3. B.Y.O.B
4. Revenga
5. Needles
6. Deer Dance
7. Radio/Video
8. Hypnotize
9. Question!
10. Suggestions
11. Psycho
12. Chop Suey!
13. Lonely Day
14. Bounce
15. Lost In Hollywood
16. Kill Rock N' Roll
17. Forest
18. Science
19. Mind
20. Innervision
21. Holy Mountains
22. Aerials
23. Vicinity Of Obscenity
24. Tentative
25. Cigaro
26. Suite-Pee
27. War?
28. Toxicity
29. Sugar



Um comentário:

  1. Fala Fabiao! SOAD e da hora, mas prefiro o trampo deles antes de estourar, especialmente a faixa SUGAR. Voce sabia que eles tocavam uns sons de videogames antes durante os shows ( tem alguns do ZELDA no You tube )?.

    Enfim, coisa fina.

    Feliz ano novo mano, parabens pelo BLOG.

    UM abs!

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