segunda-feira, 24 de dezembro de 2012

FELIZ NATAL DE VERDADE!!

 Ah...vocês acharam que eu não iria me manifestar nesta maravilhosa data? De forma alguma!!
Eu gosto de Natal, sim. Gosto de dar e receber presentes. Só não acho certo as pessoas só pensarem nisso e esquecerem do verdadeiro significado dessa data.
Não sei qual é sua crença, mas aproveite mais este 25 de dezembro para pensar um pouco em um homem que, se para você não é especial, pelo menos foi alguém que tentou trazer uma mensagem de paz para todos nós.
Agora, para aqueles que acham que este dia data só serve para esbanjar de formas variadas, aí vai meu singelo recado:
  

Infeliz Natal


Na sua casa tem ceia
Na casa dele não tem
Na sua casa tem compaixão
Na casa dele tem compreensão

Infeliz Natal!!!

Infeliz Natal!!!

Na sua casa tem alegria
Na casa dele não tem
Na sua casa muitos amigos
Na casa deles apenas solidão

Infeliz Natal!!!

Infeliz Natal!!!

Ah...Papai Noel...grande velho batuta....





quarta-feira, 19 de dezembro de 2012

Dizzee Rascal


O rapper inglês que quer conquistar o mundo    


 


Que a Inglaterra é um lugar que deu ao mundo inúmeras bandas importantes de rock todos já sabem. Basta citar Beatles e Rolling Stones pra deixar isso mais do que confirmado. Além do rock, o pop também tem ilustres representantes na terra da rainha. Elton John e George Michael não me deixam mentir.

Mas e no mundo do rap? Alguém poderia citar de imediato um único nome de um rapper inglês de destaque? Pois é. Até pouco mais de um ano atrás eu também não saberia. Eu sou um grande fã de rap. Sei que os melhores deles surgiram todos nos Estdos Unidos. Tupac Shakur, Public Enemy, Jay-Z, 50 Cent, entre tantos outros, todos nasceram na terra do Tio Sam. Na América Latina, incluindo nós brasileiros, é claro, também podem ser encontrados alguns artistas de qualidade nesse meio. Em Cuba temos o ótimo Orishas. Aqui no Brasil, o grande Racionais MCs.

Foi navegando no site da revista inglesa New Musical Express pra buscar notícias de bandas de rock que acabei descobrindo que um garoto de Londres estava “bombando” nas paradas britânicas de sucesso. Seu nome? Dizzee Rascal. 





Com apenas 18 anos, Dylan Kwabena Mills, descendente de ganeses, lançou seu primeiro álbum, intitulado “Boy In Da Corner”, em 2003. Esse trabalho eu só fui conhecer recentemente fuçando na internet pra saber um pouco mais sobre o cara. O que eu descobri foi um som que mistura rap convencional com música eletrônica e ragga. Inicialmente, Rascal foi considerado  um expoente do estilo musical chamado “grime”. O grime é uma espécie de “rap de garagem” feito essencialmente na Inglaterra. Os MCs mandam suas rimas de forma bem acelerada em cima de batidas totalmente inovadoras, às vezes até confusas de tão diferentes daquilo que estamos acostumados a ouvir normalmente.

Foi justamente essa mistura toda que me chamou a atenção. Os graves extremamente potentes de faixas como “I luv U”, “Fix Up Look Sharp” e “Jus’a Rascal” me soaram como uma grande novidade. Nunca tinha ouvido nada parecido. O sotaque inglês bem carregado de Rascal dá um toque especial a cada música, deixando o resultado final ainda mais interessante. As letras basicamente falam sobre o cotidiano da cidade em que vive. Inevitavelmente isso acaba incluindo mulheres, dinheiro e baladas. Felizmente, não chegam a conter nada muito agressivo ou desnecessário. Eu diria que é mais num tom de brincadeira. Não precisamos levar muito a sério. Como quase todo rapper, Dizzee Rascal até tem aquela postura de “eu sou o cara”, mas passa longe de ser antipático.

Não demorou muito e eu acabei comprando este primeiro cd. Pouco depois adquiri também o álbum seguinte, “Showtime”, lançado em 2004. “Stand Up Tall” e “Everywhere” são alguns dos destaques deste disco que seguiu à risca a fórmula do trabalho anterior.

Muito bem criticado pela mídia especializada pelas suas performances ao vivo, Dizzee Rascal facilmente passou a ser figurinha carimbada nos grandes festivais de música do seu país e do resto da Europa. Pelo que pude testemunhar através de alguns vídeos, a galera de fato vai à locura com o clima de pista de dança misturado com festa black que rola em cada show. 







Mas  o garoto seguiu querendo mais. Nem o cd não muito bem sucedido “Maths + English”, de 2007, que incluiu o single “Sirens”, foi capaz de impedir que convites para colaborar com outros artistas se tornassem cada vez mais frequentes. A cantora Lily Allen e o fera da música eletrônica, Calvin Harris, fizeram parceria com Dizzee. Aliás, foi com este último que ele estourou novamente nas paradas de sucesso com o single “Dance Wiv Me”.

Esta faixa acabou entrando no quarto trabalho de estúdio do rapper, “Tongue N’Cheek”, que chegou às lojas em 2009. A ótimas faixas “Holiday” (também foi produzida por Calvin Harris) e “Bonkers”  também entraram nesse disco que fugiu um pouco do “grime” que predominava nos primeiros discos para dar lugar a canções um pouco mais dançantes, mas sem perder a originalidade.

Pra vocês terem um pouco mais de noção do nível alcançado por Dizzee atualmente, basta dizer que, à época do lançamento de “Tongue N’Cheek”, uma grande marca de materiais esportivos lançou um modelo de tênis batizado com o nome do rapper. O cara anda tão empolgado que, recentemente, em entrevista para um canal de TV britânico, afirmou que gostaria eventualmente de enveredar para o ramo da atuação e se tornar algo como o primeiro 007 negro. Ambicioso o rapaz, hein?





Nos últimos dois anos, Raskit adotou uma postura um pouco mais “low profile”. Ele preferiu se restringir apenas a colaborar em álbuns de outros artistas como Shakira, abrir shows de grande porte como o da banda Red Hot Chili Peppers em sua turnê britânica ou fazer uma participação mais do que especial na cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos de Londres, em julho deste ano. Somente agora no segundo semestre de 2012, após tantos trabalhos diversificados, é que o rapaz começou a compor faixas para seu próximo trabalho, ainda sem qualquer previsão de data de lançamento.

Pois é. Com toda essa ousadia e apetite para fazer sucesso que Dizzee já conquistou a Inglaterra e, quando menos esperarmos, pode conquistar também o resto do mundo. Talento não falta. Dizzee Rascal é do que a música precisa hoje para mostrar que um visual chocante não é o que deve chamar a atenção do público e da mídia (entendeu, Lady Gaga?), mas sim composições inovadoras que realmente tenham qualidade. Altamente recomendável.

 

terça-feira, 11 de dezembro de 2012

TOP 5





Top 5 Instrumentistas – Guitarristas


Caros leitores. Nesta post darei início a uma série de Top 5 dos melhores instrumentistas da história. É claro que qualquer lista dos melhores de qualquer área, por si só, já é uma fonte riquíssima de discussões, polêmicas, etc. Uma lista dos melhores guitarristas não tinha como ser diferente.

Pesquisei cerca de dez listas dos mestres deste instrumento tão cativante e que, nas mãos da pessoa certa, é capaz de nos causar sensações das mais variadas. Um grupo seleto acabou se destacando em praticamente todas as listas que encontrei. Acredito que alguns nomes que acabaram entrando na lista final não vão surpreender ninguém. Por outro lado, como sempre, alguns nomes de peso ficaram de fora e vão fazer alguns de vocês “torcerem o nariz”.

Confesso que, devido a uma leve dose de implicância, deixei de fora um cara que apareceu bem colocado em várias das listas pesquisadas. Enfim. Está lançado o debate. Com vocês, os melhores guitarristas de todos os tempos, segundo este humilde blogueiro.







1º Jimi Hendrix (artista solo)

Mais barbada do que essa era impossível, não? Creio que todos que estão lendo esta lista já esperavam que este rapaz seria o primeiro colocado. Johnny Allen Hendrix, nascido na cidade de Seattle, em 27 de novembro de 1942, fazia a guitarra parecer uma extensão de seu corpo tamanha era a intimidade que ele tinha com o instrumento. É hipnotizante ver Jimi tocando sua Fender Stratocaster branca, quase sempre de olhos fechados, viajando sabe-se lá por onde. Canhoto, o que fazia dele um cara ainda mais singular,  Hendrix deixou um verdadeiro legado no que diz respeito a tocar guitarra. É e sempre será uma influência para dez entre dez guitarristas. Nunca montou uma banda propriamente dita, mas sempre esteve acompanhado de excelentes músicos que contribuíram para que compusesse canções como “Purple Haze”, “Hey Joe”, “Voodoo Child”, entre tantas outras. Mito indiscutível que faleceu com apenas 27 anos devido ao consumo excessivo de remédios e álcool num hotel em Londres.









2º Eric Clapton (Cream, Yardbirds, Derek and The Dominos)

Com certeza ele foi o cara que mais chegou perto da genialidade de Jimi Hendrix. Eric Patrick Clapton, natural de Ripley, na Inglaterra, começou a se destacar quando se juntou aos Yardbirds, em 1963. Influenciado por grandes guitarristas de blues como Buddy Guy e BB King, Clapton aos poucos foi moldando seu próprio estilo. Ainda nos 60 formou a excelente banda Cream que, apesar de ter durado apenas três anos, é considerada uma das maiores bandas de rock de todos os tempos. Após o Cream Clapton montou mais um grupo, Derek and The Dominos, que durou apenas um ano. A partir daí ele iniciou sua brilhante carreira solo e emplacou um clássico atrás do outro. A mistura de técnica e emoção colocada em cada faixa que escreve acabou lhe dando o apelido de “Deus da Guitarra”. Entre seus grandes sucessos espalhados por todas as fases de sua carreira estão “Layla”, “Lay Down Sally” e “C*ine”. Vice-liderança mais do que merecida.










3º Jimmy Page (Led Zeppelin)

Sinceramente, eu não sou grande fã de sua banda, mas é inadmissível ignorar o talento de Jimmy Page e a contrbuição que ele deu e continua a dar nao só para o rock, mas para a música como um todo. No final dos anos 60 e por praticamente toda a década de 70, Page ajudou a revoluvcionar a forma de se tocar guitarra. Se seu contemporâneo Tony Iommi, guitarrista do Black Sabbath, era o “riff master”, este inglês da cidade de Heston não só dominava a arte criar bases fantásticas como também era capaz de compor arranjos intrincados, extremamente técnicos, porém com muito “feeling” envolvido. Claro que estar acompanhado no Led Zeppelin de monstros como o baterista John Bonham e o baixista John Paul Jones tornou sua tarefa um pouco mais fácil, mas a grandeza de Page é inquestionável. Se você não conhece o trabalho deste cara que ainda continua em plena atividade ouça faixas como “Rock And Roll”, Whole Lotta Love” e “Cashmere” e vai entender do que estou falando.










4º Chuck Berry (artista solo)

Muita gente foi influenciada pelos três primeiros colocados deste Top 5, mas saibam de uma coisa: se não fosse por Charles Edward Anderson Berry, ou simplesmente Chuck Berry, provavelmente nenhum deles sequer tocaria guitarra. Isso porque o cara é considerado o pai do rock. Ele forjou a pegada do rock and roll, o estilo e a atitude em cima do palco. Qualquer um que brincou de fazer “air guitar” alguma vez na vida fez tambem o “duck walk”, que nada mais é do que aquela sequência de passinhos curtos de um lado para outro. Aos 85 anos, Berry tem muita história pra contar e um vasto repertório que até hoje é capaz de fazer qualquer um cair na dança durante as esporádicas apresentações que faz mundo afora. Chuck nunca primou pelo uso de técnicas complexas ao tocar sua guitarra. Seu estilo sempre foi básico e puro e isso também consegue cativar qualquer fã de musica. Os sucessos de Chuck Berry? “Johnny B. Goode”, “Roll Over Beethoven” e “Rock And Roll Music”, só para citar alguns. É o mestre!











 5º Eddie Van Halen (Van Halen)

Este guitarrista conseguiu uma vaga neste top 5 de última hora. Das listas pesquisadas seu nome aparece um pouco menos e em colocações inferiores a de Keith Richards dos Rolling Stones. Mas meu gosto pessoal acabou falando mais alto e eu me senti na obrigação de arrumar um espaço para Edward Lodewijk Van Halen. Eddie nasceu em Amsterdã, na Holanda, mas quando tinha apenas sete anos de idade sua família se mudou para a California. Foi lá que o garoto se apaixonou por música. Mais especificamente pela guitarra. Ao lado de seu irmão, Alex (baterista), formou a banda de hard rock Van Halen. Eddie é considerado um dos guitarristas mais inventivos de toda a história. Foi ele quem criou a técnica “two hands” e também de sua mente maluca surgiu a ideia de tirar som de sua guitarra passando uma furadeira (!) pelas cordas. Como se isso não bastasse, EVH compôs a base e o solo mais do que clássicos da música “Beat It”, de Michael Jackson. Convenci vocês que ele merece estar entre os cinco melhores guitarristas? Se ainda não, seguem algumas das canções de sua banda: “Jump”, “Can’t Stop Lovin’ You” e “Panama”. Indiscutível, não?.



quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

BRock




O Pop rock brasileiro desmoronou?

   
Há cerca de 30 anos a música brasileira teve o privilégio de testemunhar o surgimento de várias bandas que tinham como base o rock and roll, mas que, em sua maioria, eram responsáveis por composições de apelo comercial. Ou seja, melodias agradáveis, refrões marcantes, etc.

Logo no início da década de 80, nas principais capitais do país surgiram grupos que marcariam para sempre a história da nossa música. De São Paulo vieram os Titãs, do Rio de Janeiro os Paralamas do Sucesso (minha preferida dessa geração). Do extremo sul do país vieram os Engenheiros do Havaí e de Brasília veio provavelmente o maior de todos os grupos da época, a Legião Urbana.

Eu acabei de citar apenas alguns exemplos. Eu poderia facilmente fazer um texto falando somente do rock brasileiro dos anos 80, que ficou conhecido como BRock. Querem mais alguns nomes só pra não passar batido? Lá vai: Blitz, Barão Vermelho, Kid Abelha, Ira, Nenhum de Nós, Ultraje a Rigor...e por aí vai.




Mas pra chegar ao meu objetivo final preciso passar logo para os anos 90. Nesta década a estética e o som do pop rock brasileiro deram uma grande guinada. Vimos surgir bandas com influências musicais inusitadas e com uma temática de letras e visual bem mais ousados e até mesmo mais agressivos em algumas oportunidades. 

Permitam-me dizer que foi nessa época que comecei a me interessar de forma especial por música e por isso as bandas brasileiras dessa época são as minhas preferidas. Os nomes de maior destaque foram Raimundos, com sua mistura de punk rock e forró (!!!), Planet Hemp, misturando rock e rap, Chico Science a Nação Zumbi e sua salada de rock, hip hop e maracatu, O Rappa, com influências de reggae, e quase no final da década, o Charlie Brown Jr.

Algumas outras bandas dos anos 90, com uma proposta bem mais comercial, também se tornaram muito grandes. Com o mais puro “sangue pop” correndo nas veias, os mineiros do Skank e do Jota Quest, além dos cariocas do Cidade Negra alcançaram um enorme sucesso.




Todas essas bandas dos anos 80 e 90, com mais ou menos qualidade e, obviamente, dependendo do gosto de cada um, tiveram seu mérito e, de uma forma ou de outra, conquistaram pelo menos o respeito por parte do público e da mídia especializada. Porém, vieram os anos 2000. Aí as coisas mudaram.

Se tudo começou num bom nível através dos Los Hermanos (de novo, dependendo do gosto de cada um) que apresentaram um rock honesto e tecnicamente bem realizado, pouco a pouco o castelo do pop rock brasileiro foi desmoronando.

Ainda chegamos a ser agraciados com bandas de qualidade como Pitty e Cachorro Grande, mas quem tomou conta da mídia e do gosto da maioria dos adolescentes foram as chamadas bandas “emo”. 




O emo não era um termo pejorativo até então. No final dos anos 80 e durante os 90, eram considerados “emocore” os grupos que faziam música do estilo hardcore, mas com letras mais sentimentais.  Afinal, rockeiros também amam, certo? Mas no século 21 o emo tomou outra forma. A estética passou a ter tanto destaque ou ainda mais que a música em si. Influenciados pelos americanos do My Chemical Romance e do Fall Out Boy, surgiram por aqui bandas como NX Zero, Fresno e Strike.

Esse triunvirato simplesmente se transformou em referência para o pop rock feito no Brasil atualmente. Letras pouco elaboradas e instrumentistas raramente dotados de técnica (admito, o baterista do NX Zero manda bem) são a base dessa nova geração.  Mas isso não importa muito. Com tanto que as garotinhas seguidoras da MTV possam cantar cada palavra das letras e, entre uma estrofe e outra, gritarem por causa dos “gatinhos” Di, Gu, Fe, Du, Piu, Pe, Lu...etc, tá tudo certo.

Na esteira do emo, vieram os “coloridos”. A diferença está no visual um pouco mais descontraído – é muito comum ver integrantes de bandas como (como me dói escrever esses nomes) Restart e Cine usando calças cor de laranja com camisetas verde fluorescente – além da qualidade do som e das letras serem ainda mais sofríveis que as dos grupos emo. Realmente lamentável.



Me desculpem se estou soando um tanto quanto amargo e exagerado. É que realmente, se pararmos pra pensar em tudo que já foi feito por letristas do calibre de Renato Russo, Cazuza, ou mesmo Rodrigo Amarante, e músicos como Roberto Frejat, João Barone e Lucio Maia, é desanimador olhar o cenário que temos hoje.

Eu infelizmente acredito que o pop rock brasileiro vive seu pior momento. Possibilidades de mudanças? Existem bandas de muita qualidade espalhadas no país todo, mas que não chegarão às grandes massas ou porque as gravadoras não as aprovam ou porque elas mesmas não querem fazer parte desse grande jogo de cartas marcadas e preferem seguir com suas carreiras de forma totalmente independente.

Enfim. As cartas estão na mesa. Enquanto o rock brasileiro tiver esta cara sem graça já sabemos o que fazer:  ir atrás dos grupos de qualidade que conseguem se destacar na mídia mesmo nesse mar de futilidade ou torcer para que novíssimas bandas com propostas minimamente dignas causem uma grande reviravolta na cena. Reviravolta que poderia começar até mesmo por qualquer um de nós. Por que não? Vamos montar uma banda? O que você toca? Alguém precisa salvar o rock brasileiro!!

quarta-feira, 28 de novembro de 2012

Gary Clark Jr.

Fala, galera! Depois de um breve tempo ausente, estou de volta para postar um texto sobre um brilhante cantor cujo trabalho tive o prazer de conhecer recentemente. Como é bom descobrir novos talentos da música. Estou empolgado com o som do cara e espero que eu consiga passar esta empolgação adiante. Com vocês, Gary Clark Jr.





Eis que surge uma novidade: Gary Clark Jr.

Se existe um hábito que eu não abandono é o de assistir a videoclipes.  Nos áureos tempos da MTV, foram vários os artistas que descobri através desta poderosa ferramenta de divulgação de um artista. Se a emissora praticamente aboliu os clipes de sua programação, pelo menos ainda tenho os canais fechados Multishow, Bis e VH1 para satisfazer essa minha necessidade interminável. Pois bem. Foi em uma dessas minhas “caças” por música de qualidade que, depois de muito tempo, eu acabei descobrindo um grande talento do blues: Gary Clark Jr.

Como já coloquei em um texto que escrevi alguns meses atrás, o blues começou a me atrair recentemente. Pouco a pouco vou me familiarizando mais com o gênero e descobrindo alguns de seus representantes. Até então só havia me ligado em feras do passado como Otis Redding e Sam Cook, mas foi vendo o videoclipe da música “Bright Lights” que passei a conhecer uma revelação do blues norte-americano.

Gary Clark Jr., nascido há 28 anos na cidade de Austin, no estado do Texas, é um cantor e guitarrista que faz um som híbrido de blues antigo, rock e R&B. Toda essa mistura torna sua música algo extremamente agradável de ouvir. É acessível como o pop (no bom sentido do termo), mas mantém presente a raiz do blues tradicional. Foi isso que automaticamente me atraiu no som do cara.

A partir do dia em que vi o clipe de “Bright Lights” comecei minha tradicional pesquisa sobre a carreira de Gary Clark. Descobri que, além de cantor, ele também teve uma breve experiência como ator ao participar do filme “Honeydripper” (sem título em português)  em que interpretou, como na vida real, um jovem cantor de blues.

De volta a parte musical, os primeiros registros em estúdio de Gary foram feitos através de uma gravadora independente que lançou os álbuns “110” e “Worry No More”, respectivamente em 2004 e 2008. Nesta época Gary era um artista totalmente underground e pouco conhecido pelo grande público.

Foi somente com o já citado single “Bright Lights”, lançado em 2010, ainda de forma independente, dentro de um EP que levava o mesmo nome, que o rapaz finalmente chamou a atenção de grandes gravadoras. A Warner Bros. foi mais esperta e assinou com o cantor. Em seguida, outras versões do EP “Bright Lights” foram lançadas. Uma delas foi adquirida por este que vos escreve. Desnecessário dizer que “chapei” nas músicas. Além da faixa-título, o rock sessentista “Don’t Owe You A Thing” e a performance acústica ao vivo de “When My Train Pulls In” são magníficas.



Mas aquele que pode ser considerado o álbum de estreia de Gary Clark Jr. foi lançado somente agora em outubro deste ano. “Blak and Blu” é composto metade por canções da fase independente do cantor e outra metade por canções inéditas escritas especialmente para este cd. A exemplo de seus trabalhos anteriores, as faixas seguem variando entre blues e rock e algumas ainda tem uma levada hip hop.

Infelizmente, “Blak and Blu” ainda não tem previsão de lançamento no Brasil. Seria bom que isso acontecesse logo porque no ano que vem, mais precisamente em março, Gary Clark desembarca por aqui para se apresentar no palco alternativo do segundo dia do festival Lollapalooza. Se você já comprou ingresso para este dia ou ainda pretende fazê-lo, seria mais do que adequado ouvir o trabalho desta grande revelação da música. Seria o estímulo ideal para acompanhar um show que tem tudo para ser um dos destaques do evento.

Pra encerrar, gostaria de deixar um alerta. Muita gente tem se referido a Gary Clark Jr. como o  “novo Jimi Hendrix”, “a salvação do blues”, etc. Esqueçam! Podemos até fazer comparações pelo fato de o cara provavelmente ter sido influenciado pelo eterno gênio da guitarra em suas músicas. Mas paremos por aí. Vamos aproveitar essa ótima novidade pelo que ela é de fato. Pode ser que agrade ou pode não ser nada de especial. Na minha humilde opinião, é bom o suficiente para me sentir satisfeito por ter encontrado mais um artista de alto nível e saber que, no meio desse mar de One Direction, Lady Gaga e afins, dá pra encontrar coisa boa. Basta procurar.





quinta-feira, 15 de novembro de 2012

The Strokes

De tempos em tempos eu paro pra ouvir o cd de estreia (ou qualquer outro da discografia deles) de uma banda que eu demorei um pouco, digamos, para aceitar. O The Strokes era tida como a banda que salvaria o rock no início do século vinte e um. Eu achava o som deles meio "sem sal". Não sei bem como explicar. O fato é que, com o passar do tempo, fui entendendo melhor qual era a do indie rock e tal. Hoje sou grande fã do estilo e o The Strokes é uma das minhas bandas favoritas. Essa semana, como disse anteriormente, estava ouvindo o excelente disco "Is This It" e me lembrei do texto que escrevi no fim do ano passado sobre a última passagem deste grupo de Nova Iorque pelo Brasil, no festival Planeta Terra. Resolvi então publicá-lo aqui no blog para tentar passar para vocês o quanto me diverti assistindo, mesmo que pela internet, essa ótima apresentação dos caras. Espero que gostem.



 
The Strokes encerra turnê no Brasil em grande estilo

Principal atração da quinta edição do festival Planeta Terra, realizado no dia cinco de novembro, no Playcenter, os nova iorquinos do The Strokes corresponderam totalmente à expectativa neles depositada e fizeram um excelente show.

Em sua segunda passagem pelo país (a primeira foi no extinto Tim Festival, em 2006), a banda americana trouxe na bagagem exatamente o que seus ardorosos fãs esperavam. Foram vários hits cantados em uníssono por uma plateia animadíssima que, ao final de cada música, gritava os nomes de Julian Casablancas (vocal), Nick Valensi (guitarra), Albert Hammond Jr. (guitarra), Nikolai Fraiture (baixo) e, principalmente, do brasileiro radicado nos Estados Unidos, Fabrizio Moretti.

Um show normal dos Strokes não costuma ser uma grande demonstração de interação entre banda e público. Aqui não foi muito diferente. Os caras subiram no palco dentro do horário definido pela programação do festival e, após um breve “boa noite” proferido em bom português por Julian, começaram a desfilar canções dos seus quatro álbuns já lançados. O vocalista ainda mandou alguns “muito, muito obrigado” na nossa língua, o que deixou a galera ainda mais empolgada.
 
 

Tecnicamente o grupo também não deixou nada a desejar. O típico rock de garagem feito desde o excelente álbum de estreia, “Is This It”, de 2001, é executado com perfeição por cada um dos músicos.  Em alguns momentos pensei estar ouvindo um cd dos caras e não os próprios tocando ao vivo. Muito bom mesmo!

Começando com “New York City Cops”, passando por “The Modern Age”, “Heart In a Cage”, “Under Cover of Darkness” e “Reptilia”, os Strokes tocaram por cerca de uma hora e vinte minutos. Um show não muito longo, mas extremamente intenso.

Pessoalmente, senti falta das canções “Whatever Happened”, do álbum “Room On Fire”, e “Taken For a Fool”, excelente faixa de “Angles”, lançamento mais recente da banda.

Na parte final do show, já no bis, o público ,que não se cansava de gritar o nome de seu representante brasileiro no indie rock, foi recompensado. Julian Casablancas levou o microfone até Fabrizio e disse: “Talk to your people, man!”. Muito sem graça, o baterista mandou um “e aí, São Paulo?”, para delírio da galera. Logo em seguida, mostrou que, na verdade, ele é um cidadão norte-americano e declarou: “I love you, guys”, para logo em seguida, um pouco mais envergonhado, traduzir, “eu te amo”.
 
 

Mas é isso aí. Esta apresentação que encerrou a turnê do álbum “Angles” revelou mais uma vez que o Strokes é uma banda com um jeito diferente de mostrar o quanto se importa com seus fãs. Mas que comprovou categoricamente porque um dia foi chamada de “a salvação do rock”. Certamente é um dos maiores nomes do gênero nos últimos anos.

Setlist: 

New York City Cops
Heart in a Cage
Machu Picchu
The Modern Age
You Only Live Once
Is This It
Under Cover of Darkness
Someday
You’re so Right
12:51
Reptilia
Alone, Together
Automatic Stop
Gratisfaction
Juicebox
Last Nite


Bis:

Under Control
Hard to Explain
Take It or Leave It



Clique aqui para ver o show completo do The Strokes no Planeta Terra

 

sábado, 10 de novembro de 2012

The Killers


The Killers volta pronto pra batalha
 
 

Foram quase três anos de hiato. Depois de emendar três ciclos de álbum novo e extensivas turnê mundo afora, o The Killers deu aquela parada estratégica para repensar a vida, embarcar em projetos pessoais e só depois retornar para a batalha do dia a dia de uma banda de sucesso internacional. E foi exatamente isso que Brandon Flowers e companhia fizeram. Durante o mês de setembro lançaram o quarto trabalho de estúdio da banda, intitulado “Battle Born”.

O direcionamento musical do novo álbum era um tanto quanto previsível. Depois de um elogiadíssimo disco de estreia, “Hot Fuss”, que contava com canções estilo rock de arena de ponta a ponta, veio um trabalho um pouco mais pesado, “Sam’s Town”, que careceu um pouco de regularidade, mas nos brindou com verdadeiros hinos do indie rock como “When You Were Young”.  A seguir veio “Day and Age”. Um pouco mais ousado ao flertar com outros estilos como a dance music e ritmos latinos, o cd recebeu críticas variadas mas, no geral, se saiu bem. Sendo assim, por conta de toda essa jornada, não seria surpresa se os caras resolvessem voltar à zona de sgurança e partissem para compor um trabalho mais voltado às suas origens.

A exemplo do que aconteceu com outra excelente banda indie, o Bloc Party, após a pausa, o The Killers realmente resolveu voltar ao básico. Vejam bem, não é uma mera cópia de ‘Hot Fuss” apenas para agradar a todos, garantir uma boa vendagem e elogios da mídia. Eles se basearam no ponto de onde partiram, mas acrescentaram algo mais para mostrar que ainda são uma banda relevante.
 
 

O estilo de rock influenciado por Bruce Springsteen e por que não dizer, Queen, está em praticamente todas as faixas de “Battle Born”. Os caras cresceram durante os anos 80 e são claramente influenciados pelo som feito neste período. Portanto, os teclados que nós vimos desde “Somebody Told Me” ainda estão presentes. A melodia calculadamente emocional nos vocais de Flowers também está por lá.

O cd começa com “Flesh And Bone”. A introdução calma vai dando lugar a um ritmo mais intenso até chegar em um belo refrão. A mesma fórmula foi utilizada no primeiro single do álbum, “Runaways”.  Quando ouvi pela primeira vez não dei muita bola. Mas hoje, quando escuto, não tem como não cantar junto um dos refrões mais certeiros de todo o repertório do grupo. Já é inclusive um ponto alto das apresentações mais recentes.

Na sequência, me chamou a atenção a faixa “A Matter of Time”. Um rock agitado que remete ao The Killers do início da carreira. Já a ótima balada (que não poderia faltar num álbum do Killers) “Here With Me” tem tudo pra ser um dos singles do disco. Mas quem pulou na frente e já foi lançada como segunda “música de trabalho” (como eu detesto esse termo) do novo álbum é “Miss Atomic Bomb”, que segue a linha mais tradicional de composição do The Killers.
 
 

Os únicos “escorregões” do disco são a monótona “Heart of a Girl” e a mezzo country “From Here on Out”. Outra bela balada, “Be Still”, e a excelente faixa-título, encerram o álbum am alto nível. Quem tiver a oportunidade de adquirir a edição deluxe vai encontar mais duas faixas inéditas, “Carry Me Home” e “Prize Fighter”, além de uma versão remix de “Flesh and Bone”.

Numa impressão geral, eu diria que “Battle Born” é um disco um pouco mais sério que seus antecesssores. Não falo com relação as letras, que continuam seguindo a temática ora positivista, ora romântica. Mas os arranjos são um pouco mais sisudos. Está longe de ser um trabalho melancólico. Como eu disse durante o texto, a essência do grupo está lá, mas eles arrumaram um jeito de diferenciá-lo do resto da discografia. E nisso diria que foram bem sucedidos.

Quem já é fã da banda, como no meu caso, vai gostar do álbum e certamente vai vibrar com as novas músicas que se encaixaram bem no setlist da turnê atual. E por falar em turnê, o caras virão ao Brasil pela terceira vez no ano que vem. Eles serão a atração principal do primeiro dia do festival Lollapalooza. Será uma ótima oportunidade de ver um ótimo show como os que eu pude ver em 2007 e 2009.
 
 

Pois bem, o The Killers está de fato de volta à batalha e pronto para vencer. Com um trabalho competente, que leva a marca registrada dos rapazes de Las Vegas, mais uma vez ficou comprovado porque eles são um dos maiores nomes do indie rock e, por que não dizer, de todo o rock dos anos 2000.
 

segunda-feira, 5 de novembro de 2012

TOP 5

Os cinco melhores álbuns de punk rock

Antes de ser um estilo musical específico, o punk é (ou era) um estilo de vida. Para alguns,  surgiu em Londres, para outros, em Nova Iorque. O fato é que os primeiros punks apareceram em meados dos anos 70, através da iniciativa de jovens da classe trabalhadora que estavam insatisfeitos com o modo de vida da época. Políticos corruptos, elite opressora e até a disco music, que reinava na época, fez com que esses jovens resolvessem contestar a condição em que viviam. Roupas rasgadas, brincos, cabelo moicano, etc. De todas as formas, o punk queria expor sua rebeldia.
A partir disso veio o punk rock, a vertente mais crua do rock’n roll. Inicialmente, a técnica musical era relegada a segundo plano. O que interessava realmente era atitude (dentro ou fora dos palcos) e as letras de protesto que ajudavam a expressar a insatisfação dos punks com relação ao resto da sociedade.
Foi difícil montar a lista final. Mas debatendo com alguns colegas sobre quem poderia ou não estar entre os cinco eleitos, finalmente cheguei a uma decisão justa, levando em consideração o voto de todos que contribuíram ao citar suas obras preferidas de punk rock. Se você não conhece o estilo, use a lista como dicas para se iniciar. Se você conhece e gosta então, hey, ho, let’s go!!






 1º Ramones – “Loco Live” – 1991
Quando se fala em punk rock, quase que instantaneamente vem à cabeça o nome dessa banda nova iorquina. Os Ramones são o grande símbolo e uma das primeiras bandas que surgiram do estilo. Apesar do primeiro disco dos caras ser considerado um clássico, nesta lista achamos mais justo colocar o álbum que retratava a essência dos Ramones: suas performances ao vivo. As canções eram executadas quase que no dobro da velocidade das versões de estúdio. Bastava o baixista Dee Dee Ramone (posteriormente, CJ) gritar “one, two, three, four” para que começasse o caos que é cada música dos caras. Por isso o álbum “Loco Live”, gravado num show em Barcelona, foi merecidamente escolhido para ser o primeiro colocado deste top 5. Faixas de destaque: “Blitzkrieg Bop”, “I Wanna Be Sedated” e “Pet Cemetary”.
Ah! Antes que eu me esqueça, a frase “hey, ho, let’s go”, que eu citei na introdução desta lista, era o grande bordão dos Ramones. Um verdadeiro grito de guerra da banda que encerrou suas atividades em 1996 e certamente deixou muita saudade.






2º Sex Pistols – “Nevermind the Bollocks, Here’s The Sex Pistols” – 1977
Por mais que tenha recebido uma “forcinha” extra do empresário Malcolm McLaren para emplacar, é inegável que a banda britânica Sex Pistols foi fundamental para mostrar ao mundo todos os ingredientes do que vinha a ser o punk rock. Atitude pra lá de debochada, letra ácidas à cargo do Johnny Rotten e ainda por cima a presença do baixista Sid Vicious, um maluco de carteirinha que se matou logo após assassinar sua então namorada. Musicalmente falando, os Pistols faziam o punk rock mais cru possível. Seu primeiro e único álbum de estúdio vai direto ao ponto. Canções como “Anarchy In The UK”, “God Save The Queen” e “Pretty Vacant” dão o recado exato da proposta da banda: meter a boca no mundo com muita rebeldia e ironia. Essa verdadeira bomba relógio explodiu rapidamente e o Sex Pistols acabaram durando apenas três anos (!!!). Eles até tentaram se reunir durante os anos 90 e 2000, mas não obtiveram o mesmo impacto do final dos anos 70.







3º The Clash – “London Calling” – 1979
Como já foi dito nesta lista, o punk rock é um estilo de música minimalista, de pouca técnica. Entretanto, o The Clash surgiu justamente para mudar este paradigma. A atitude contestadora dos seus integrantes e das letras de suas canções eram tipicamente punks, mas, musicalmente, este grupo formado em Londres inovou totalmente. Nos seus primeiros álbuns o punk rock predominava, mas já se via algo diferente com relação às outras bandas do gênero. Mas foi com “London Calling”, seu terceiro trabalho, que o Clash surpreendeu a todos com composições influenciadas por reggae, R&B e rockabilly. Nem por isso deixaram de ser punks. Aliás, pelo contrário. Com esta iniciativa eles mostraram que ser punk era justamente ir de encontro ao óbvio e fazer o que realmente sentiam. Pela sua originalidade, “London Calling” é considerado também um dos maiores discos da história do rock. Destaque para a ótima faixa-título, “Clampdown”, “The Guns of Brixton” e “Train In Vain”.







4º Dead Kennedys – “Fresh Fruit for Rotten Vegetables” – 1980
Representantes da segunda geração do punk rock norte-americano, o Dead Kennedys era uma das bandas com as letras mais agressivas do gênero. O vocalista e ativista político Jello Biafra não tinha nenhum medo de colocar o dedo na ferida dos problemas da sociedade americana da época. “Fresh Fruit...” é o disco de estreia desta banda de San Franciso e apresenta composições um pouco mais pesadas que as das bandas da geração que os antecedeu. A pegada do grupo acabou influenciando inúmeros representantes do estilo que surgiram durante os anos 80. O Dead Kennedys encerrou suas atividades em 1986 e se reuniu em 2001, sem Jello Biafra, que acabou se desentendendo com seus ex-companheiros. Algumas faixas de destaque de “Fresh Fruit...” são: “Kill The Poor”, “California Uber Alles” e “Holiday In Cambodia”.







5º Ratos de Porão – “Crucificados Pelo Sistema” – 1984
O Brasil não poderia ficar de fora deste top 5. A galera que me ajudou a montar a lista votou o suficiente para que o Ratos de Porão pudesse ser nosso representante. O álbum “Crucificados Pelo Sistema” foi o primeiro registro de estúdio da banda e já contava com a presença do vocalista João Gordo na formação, substituindo o atual guitarrista Jão que, até então, desempenhava a função de baterista. A estreia não poderia ter sido melhor. O Ratos, desde o início compunha músicas extremamente pesadas, o que lhe rendeu o rótulo de “crossover”. Ou seja, faziam um cruzamento de estilos. No caso, punk rock com heavy metal. O título do disco já diz bem do que se tratavam as letras escritas pelo então jovem João Gordo. Todas elas procuravam mostrar o quanto os punks brasileiros se sentiam “crucificados” pelo sistema no qual estavam inseridos. As principais faixas do álbum são “Agressão/Repressão”, “F.M.I.”, além, é claro, da excelente faixa-título.


Outras excelentes bandas que receberam boa votação ou pelo menos foram citadas são: Rancid, Bad Religion, Dead Boys, Anti-Flag, MC5, Green Day, Replicantes, The Misfits e a coletânea brasileira “Ataque Sonoro”.